Monnaie

pièces de monnaie représentant la Fides (70 bc)

La dimension obscure de la politique et les tares du système financier international




1975
Moeda - A dimensão obscura da politica
Bertrand Editora
202 p.



A moeda e o poder
QR code for Moeda a dimensao obscura da politicaA moeda ocupa, certamente, o capítulo mais rebarbativo da Ciência Económica. Estudante menos prevenido de diligência e alguns conhecimentos prévios, dificilmente, por si só, desbravará o seu caminho na percepção do essencial através da pujante flora das tecnicidades.
Na linguagem hermética em que é necessário ler as relações monetários, exprimem-se desígnios políticos, manobras do poder e opções nacionais que escapam ao juízo coletivo. A proposta central do presente livro é a de pôr a nu, procurando desembaraçá-las das ambiguidades inibidoras do correto diagnóstico, as relações de poder que se dissimulam sob os signos monetários.
Duas são as dimensões em que deve ser visto o poder que se objectiva por intermédio da moeda. A primeira, no plano nacional, onde o Estado soberano comanda as alavancas monetárias de modo a imprimir, nas esferas da produção, da distribuição ou da política social a sua dada filosofia. A segunda, no plano internacional, onde a moeda constitui, para os estados dominantes, o «braço comprido» que serve a defesa de interesses de tipo imperialista ou o instrumento duma vassalagem política que pode contestar-se nas palavras, mas se afirma nos efeitos.

As duas faces da moeda
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Para as democracias de raiz liberal (cujas economias se designam hoje de «mistas» para não dizer «capitalistas», classificação que se carrega de segundos sentidos pejorativos) a moeda seria vista à luz da satisfação das condições para a realização do plano econômico «espontaneamente» desejado pelos cidadãos. Numa definição mais afinada deveria acrescentar--se que essa espontaneidade é temperada e suplementado pelo intervencionismo estadual que se define em função dum mandato social que qualquer estado moderno constitucionalmente consagra.

Na ordem monetária, o Estado deve facultar à economia o volume de moeda que ela careça. Mas qual esse volume? O bastante para permitir que as transações e pagamentos subentendidos pelo nível de atividade econômica se façam com regularidade e preços estáveis, e que o custo da utilização do dinheiro não seja nem tão alto que desanime os empreendimentos nem tão baixo que promova o entesouramento.






1977
As Taras do Sistema Financeiro Internacional
Bertrand Editora
474 p.