Économie

1995

Economia internacional
Adaptaçao, actualizaçao e complementaçao Analitica e Pedagogica  de
"Économie internationale - Commerce et Macroéconomie" de Bernard Guillochon
Planeta Editora
ISBN 9727310362

L'ouvrage aborde l’ensemble des domaines de l’économie internationale, commerce et macroéconomie. Il expose les principales théories à partir d’exemples simples et de présentations graphiques. Il fournit des données statistiques et ...
Este livro analisa o conjunto de questões de economia internacional, que se ligam com o comércio de mercadorias e os problemas monetários e financeiros. Destina-se particularmente aos estudantes dos cursos de Ciências Económicas e Empresariais, Gestão e a todos que desejem compreender os mecanismos das relacões económicas internacionais contemporâneas.


1998
2ª ed. actualizada por FCG com novos temas como o comércio mundial pós OMC, a globalização financeira e a Moeda única
273 p. 





PARTE I
INTRODUÇÃO
1.Algumas noções introdutórias e conceitos-chave para a compreensão das REI
1.1.Relações económicas internacionais (REI), economia internacional, direito internacional económico e ordem económica internacional (OEI);
1.2.A interligação entre os diferentes tipos de REI (comerciais, monetárias e financeiras);
1.3.Interdependência e autarcia;
1.4.Liberalismo e intervencionismo;
1.5.Unilateralismo, plurilateralismo e multilateralismo;
1.6.Tratamento igualitário e preferencial;
1.7.A balança de pagamentos;
1.8.As relações de cooperação e integração.
2.Os sujeitos das REI
2.1.Estados;
2.2.Organizações internacionais;
2.3.Organizações não-governamentais;
2.4.Os agentes privados, em especial as empresas multinacionais (EMN).
3.Grandes linhas de evolução da ordem económica internacional (OEI)
3.1.A OEI liberal (1815-1914);
3.2.A OEI entre as duas guerras mundiais (1914-1945);
3.3.A OEI neo-liberal (de 1945 até hoje);
3.4.A contestação da OEI neo-liberal: o projecto de criação de uma "nova ordem económica internacional" (NOEI) e o seu fracasso;
3.5.O processo de globalização económica;
3.6.Conclusões sobre a evolução e estado actual das REI.

PARTE II
RELAÇÕES MONETÁRIAS E FINANCEIRAS INTERNACIONAIS
4.O sistema monetário internacional
4.1.Conceitos básicos: mercados, operações e regimes cambiais;
4.2.O padrão-ouro: modalidades e características essenciais;
4.3.A cooperação monetária posterior à II GM: a conferência de Bretton-Woods e a criação do Fundo Monetário Internacional (FMI);
4.4.O padrão-ouro-dólar;
4.5.A crise do sistema de Bretton-Woods e a evolução posterior do SMI;
5.Estrutura e funções do FMI
5.1.Estrutura institucional;
5.2.Recursos (próprios e alheios);
5.3.O código de boa conduta monetária;
5.4.Os direitos de saque tradicionais;
5.5.Os direitos de saque especiais;
5.6.As facilidades de crédito;
5.7.Balanço final sobre a actuação do FMI e as perspectivas da sua reforma.
6.O processo de integração monetária europeia
6.1.A política monetária europeia anterior ao "Relatório Delors" (1989): o desinteresse inicial pela questão monetária, o "Relatório Werner", a "serpente monetária" e o Sistema Monetário Europeu;
6.2.A União Económica e Monetária: princípios fundamentais, enquadramento jurídico e institucional e análise dos seus custos e benefícios.
7. O financiamento e o investimento internacional
7.1.Os mercados financeiros;
7.2.Os "novos produtos financeiros": os produtos derivados;
7.3.O investimento internacional: noção, espécies e importância.
8.O Banco Mundial (BM) e a ajuda ao desenvolvimento
8.1.Evolução histórica das funções do BM;
8.2.Principais agências do "Grupo BM";
8.3.O actual papel do BM e as perspectivas da sua reforma.

PARTE III
RELAÇÕES COMERCIAIS INTERNACIONAIS
9.Fundamentos teóricos do comércio internacional
9.1.A escola clássica;
9.2.A escola neoclássica;
9.3.Contributos teóricos mais recentes.
10.A política comercial externa
10.1.A necessidade de uma política comercial externa: os principais argumentos para a defesa do proteccionismo;
10.2.Os instrumentos da política comercial externa:
11.O Sistema comercial multilateral
11.1.O percurso do GATT à Organização Mundial do Comércio (OMC);
11.2.Princípios constitutivos e cláusulas fundamentais do "GATT de 1994":
11.3.A garantia do sistema: o mecanismo de resolução de litígios (MRL);
11.4.Alguns regimes sectoriais do "GATT de 1994".
12.Perspectivas do sistema comercial multilateral

Bibliografia Principal

AA.VV., A Organização Mundial do Comércio e a resolução de Litígios, FLAD, 1997
AA.VV., Organizações Internacionais, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1999
Barbosa, António Pinto (coord.) – O impacto do Euro na economia portuguesa, Dom Quixote, Lisboa, 1999
Bélanger, Michel, Institutions Économiques Internationales, 6.ª ed., Economica, Paris, 1997
Carreau, Dominique e Patrick Juillard, Droit International Économique, 4.ª Ed. LGDJ, Paris, 1998
Cordellier, Serge (coord.), A Globalização para lá dos mitos, Bizâncio, Lisboa, 1998
Dihn, Nguyen Quoc, Direito Internacional Público, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1999
Eichengreen, Barry, A globalização do capital, Bizâncio, Lisboa, 1999
Galhardo, Maria d' Aguiar, Relações Económicas Internacionais (aditamento às lições do Prof. Pitta e Cunha), AAFDL, Lisboa, 1985
Gilpin, Robert, Global political economy, Princeton University Press, Princeton, 2001
Guillochon, Bernard, Economia Internacional (com actualização e anexos de Francisco Corrêa Guedes), 2.ª ed., Planeta editora, 1998, pp. 57 – 170 e 188 – 193 (texto principal), pp. 57 – 84 (anexos)
Lelart, Michel, O sistema monetário internacional, Terramar, Lisboa, 1997
Máximo dos Santos, Luís, Luís Morais e Fernando Pereira Ricardo, Relações Económicas Internacionais – Textos Fundamentais, 2.ª ed., AAFDL, Lisboa, 2000
Pitta e Cunha, Paulo, Relações Económicas Internacionais, AAFDL, Lisboa, 1983
Rainelli, Michel, A Organização Mundial do Comércio, Terramar, Lisboa, 1998
Raposo Medeiros, Eduardo, Economia Internacional, 6.ª ed., ISCSP, Lisboa, 2000
Reis, José António Sá, Apontamentos de Economia Internacional (fotocópias);
Reis, José António Sá, A Ordem Económica Internacional: evolução e tendências actuais;
Trebilcock, Michael J. e Robert Howse, The regulation of international trade, 2.ª ed., Routledge, Londres, 1998
Vila Maior, Paulo, O modelo político-económico da integração monetária europeia, Fundação Fernando Pessoa, 1999





1999
Economia e complexidade - as Metamorfoses da Ciência, a Crítica da Razão ...‎
Edições Almedina
ISBN: 9789724012940 
786 p.


Vol 1  : A metamorfose da ciência (240 p.) - Vol 2 : Crítica da razão económica (525 p.)
É uma característica dos sistemas cujos elementos e partes constitutivas interagem dinamicamente de maneira suficiente intrincada para que os resultados não possam a nenhum momento ser previstos, em que tantas variáveis estão simultaneamente a agir e a retroagir entre si e dentro do sistema que o seu comportamento global só pode ser interpretado como consequência emergente da soma contextual de toda a miríade de comportamentos nele integrados.

O Deserto é um exemplo perfeito e em grande escala de um «Sistema Complexo Adaptivo», logo do processo auto organizativo de «padrões emergentes». Os dois padrões emergentes mais imediatamente visíveis no deserto são as ondulações superficiais do tipo «listras de tigre» (ripples) e as dunas. Umas e outras são perfeitamente «modelizáveis». Se sobre uma superfície plana de areia for disparado um fluxo de areia segundo certo ângulo de incidência e velocidade, cada grão disparado desloca um certo número de outros e ao fim de algum tempo e de variações do ângulo e da velocidade, as «listras de tigre» começam a emergir da superfície plana. Estes modelos são verdadeiramente «autómatos celulares» já que cada grão se movimenta segundo regras bem definidas relativas ao que se passa com as partículas vizinhas. Está pois presente a característica central dos Sistemas Complexos: um número ilimitado de elementos em interacção dinâmica dominantemente «não linear». As dunas cujas formas exibem diversidade, das transversais às longitudinais, desde as que tomam a forma de «crescente» às que desenham uma estrela - resultam de um processo auto organizativo diferente do anterior designado por «salteamento» («saltation») ligado aos ventos, sua intensidade e variabilidade. A duna evoca-nos também a «pilha de areia» que todos já construímos nas brincadeiras de praia deixando tombar sobre a superfície um fluxo contínuo de grãos de areia. A «pilha de areia» permite-nos compreender e ver em acção o fenómeno da «criticalidade auto organizativa», a um tempo específico da Complexidade e de uma riquíssima geração de novos modelos económicos.


"Economia e Complexidade de Francisco Corrêa Guedes, fruto de uma recente tese de doutoramento, está indicado para estudantes de economia, ajudando à reflexão os mais apetrechados na ciência económica.
O livro descreve o que alguns autores poderiam denominar de complexologia, sendo uma das primeiras obras do género «fabricadas» no Velho Continente. A aposta da editora ultrapassa fronteiras, sendo objectivo também colocar a obra no concorrencial mercado brasileiro. O autor percorre a epistemologia analisando os modelos bem como as respectivas inter-relações. Com sentido crítico, mas numa linguagem atraente, recheado de exemplos e «histórias da história de diversas ciências», o autor analisa a metamorfose da ciência. Identificam-se ideias económicas cujo desgaste ou absolescência mais se evidencia. Pelo seu conteúdo científico, não admira se este livro passar a constar das obras de referência curricular para os estudantes de economia. É, por exemplo, de inegável interesse como o autor avalia o que disseram os pensadores da economia no seu tempo a partir do que sabemos hoje."
Diário de Notícias, 14 de Fevereiro de 2000




Uma Ciência «transversal»
"Os «Sistemas Complexos» residem, literalmente, em todas as disciplinas do Conhecimento. Do «A» de Antropologia ao «Z» de Zoologia não existe uma só disciplina que não possa ou não deva ser abordada pela Complexidade.
No presente livro estaciona-se no «E» de Economia e procuram compreender-se as consequências da fertilização cruzada das ideias económicas com as da Complexidade.
Quantas e quais podem ser, afinal, as semelhanças, afinidades ou propriedades comuns entre bandos de aves migratórias, formigueiros, o tráfego rodoviário, o desenvolvimento urbano, o sistema imunológico que nos defende das doenças, as cronologias de cotações bolsistas, a produção e distribuição de bens e serviços, o cérebro humano, a Internet ? Ordenando as semelhanças das mais para as menos evidentes: um número potencialmente infinito de elementos - e subconjuntos deles - em interacção dinâmica inserindo-se numa «rede»; na «rede» a acção motriz da «auto-organização», através de conjuntos de hierarquias modulares, faz emergir padrões, resultado agregado totalmente invisível e insuspeitável, a partir dos comportamentos singulares dos elementos e agentes básicos. A água, por exemplo, é um fenómeno de «auto-organização»; por outro lado, é bem um exemplo-limite de «emergência». Os agentes nos sistemas empregam «modelos internos» para dirigir o seu comportamento. A designação hoje mais corrente para estes sistemas é a de «Redes Adaptativas Complexas» (John Holland). É importante validar a plena aplicação da «Evolução por Selecção Natural» às ciências humanas, sociais e políticas, o que só se tornou claro de há menos de 20 anos para cá, depois do biólogo Richard Dawkins Ter revelado o conceito de "meme" em The Selfish Gene. Antes disso faltava nos fenómenos estudados por essas ciências um ingrediente essencial: a replicação através da qual a prole adquiria os acréscimos de aptidão que a fariam sobreviver e prosperar entre espécies concorentes. Quando a propósito desse fenómenos se falava de «evolução» tratava-se de uma evolução «lamarckiana» - transmissão de caracteres adquiridos. Mas o «meme» estava dotado duma capacidade replicadora émula da do gene, rigorosamente homóloga.
Os «memes» e as imitações
Os novos replicadores são ideias, os «memes». Não as ideias simples, mas o tipo de ideias compostas que se configuram como unidades memorizáveis diferenciadas como, por exemplo, as de vestuário, calendário, cálculo, xadrez, impressionismo. Os exemplos de «memes» podem agrupar-se em classes como as canções e as modas do vestuário. E assim como os genes se propagam no reservatório genético, transitando de corpo para corpo, também os «memes» se propagam transitando de cérebro para cérebro por um processo que num sentido largo se pode chamar de imitação. Alguém descobre uma boa ideia e conta-a a alguém que gosta dela e a adopta. A partir daí a ideia propaga-se por um processo rigorosamente semelhante ao da difusão de uma epidemia.
Revista Unibanco, Maio de 2000